segunda-feira, 30 de novembro de 2009

6h10 da manhã, ainda trabalhando.
A lembrança do cheiro dele invadiu a casa.

Apertou o coração.
Fechei os livros.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

E, se a felicidade transborda, como a gente faz?
Deixa transbordar? :)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Saiu no Jornal do Commercio, ó!
Por isso, agora, só quero saber deste presente que bate todo dia à minha porta, me chamando pra viver.

*Adoro*

Uma aposta no futuro
Publicado em 08.11.2009

Desisti de contar, faltam dedos para enumerar, os casais que conheço e que se separaram, temporariamente, com a melhor das intenções. Para, logo em seguida, se separarem com a pior das intenções: nunca mais querer estar. São casais que resolveram se distanciar ao aceitar trabalhos em outros Estados, estudos em outros países, mais grana em outras cidades, grandes sonhos em novas capitais. Um “vou ali e volto já em nome de nós dois”. Que melhor intenção pode existir do que aquela que pretende apostar no futuro? Quem há de esbravejar contra o futuro? É o futuro, afinal, que nos faz construir, que nos impede de cortejar o abismo das atitudes momentaneamente sedutoras, porém vazias.

Quando vivemos permanentemente num suposto tempo futuro aguentamos os maiores desaforos do tempo presente. Tudo em nome da promessa de “casinha feliz para sempre num futuro não muito distante”. Infelizmente, os casais que assim pensaram – salvo raras exceções – não contaram com a astúcia e a flexibilidade dessa variável chamada tempo e, é verdade, foram muito mais corajosos (ou seria, otimistas?) do que manda o manual pelo qual parece se guiar a vida real.

Não é um manual muito inteligente esse que rege as coisas do coração. É, antes, um amontoado de clichês, uma espécie de sabedoria oral, repetitiva e certeira, que é transmitida pelas nossas avós às nossas mães e que nós, na típica ousadia daqueles para quem o presente parece ser um futuro permanente, ousamos desafiar. “O amor não tolera a distância”, diz uma dessas regras de ouro. A verdade contida nesse enunciado está no fato de que toda ausência é atrevida em sua coragem de subsistir sem o outro, na sua empáfia de chope sozinho em mesa de bar. A distância é uma senhora mentirosa, ela zomba de nós acenando com tudo e não nos dando nada do que prometeu. E a distância não é apenas geográfica, ela é também representada pelos planos de vida que tomaram direções opostas.

Vi casais maravilhosos se separarem pela simples não observância dessa sabedoria popular: para eles, não deveria existir um futuro que não o agora vivido intensamente. Casais que se separam para construir um futuro-mais-que-perfeito normalmente naufragam antes da chegada ao indefinível porto seguro. E quando, por acaso, lá chegam, veem que é apenas uma escala antes da próxima viagem. E o motivo é muito simples: o tempo porvir é uma mera abstração, que não podemos balancear tal e qual um orçamento doméstico. Ele será o que será.

O futuro, nessa perspectiva, passa a ser quase um filho pra gente. Acalentamos ele junto ao peito, nutrimos e esperamos que ele cresça para nos resguardar mais adiante. Ficamos tão desapontados quando ele nos joga no asilo dos relacionamentos fracassados.

Há casais que não se amam mais e amargam um vida inteira juntos esperando o futuro de uma velhice sem emoções. Para eles, o vale-seguro que está em jogo é a garantia de que alguém há de querê-los quando nenhuma outra explicação racional (e material) assim justificar. Quando uma das partes quebra o contrato tácito é rotulado como “ingrato”. Devíamos escrever esta cláusula logo de uma vez.

Há casais que se amam muito, mas topam a separação – momentânea – para garantir a mesma fantasia com base no futuro, só que com hipotético final feliz. O futuro passa a ser uma terceira pessoa entre o casal. Personagem que, diga-se de passagem, não existia quando o casal era puro desejo adolescente de apenas “querer respirar o mesmo ar que o outro”. A ansiedade pelo futuro chega com o casamento, os filhos, a responsabilidade, a obrigação de apostar no que não é efêmero. Como se efêmeros não fôssemos todos nós, por definição. Eu vi o desamparo no olhar desses casais, reféns de sua própria decisão. Ao apostar no futuro, deixaram de jogar seus dados no presente. Trágica e fatalistamente perderam, justamente, o futuro, essa coisa que pode existir ou não.

Disponível em: http://jc3.uol.com.br/jornal/2009/11/08/col_35.php
Acesso em: 25/11/2009, às 23h31

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Ela quis que o mundo soubesse o quanto sofria.
Não se deixou solitária nem por um segundo, para que sequer a menor angústia lhe ocupasse um neurônio em pensamento.

E foi, ao dividir tanta amargura, que encontrou um bem-querer. Alguém que lhe mostrou ser possível subir num ônibus com calor e descer com uma nova e fugaz paixão.

A partir de agora, consciente de toda efemeridade de todos nós, por essência, ela faz saber: não seja imortal, posto que é chama, mas que seja fullgás enquanto dure.

domingo, 22 de novembro de 2009

Quem lembra aquela propaganda em que dois fetos conversavam:
- Será que existe vida após o parto?
- Hmmmm... não sei! Nunca ninguém voltou pra contar.

Quem lembra?

Sempre me perguntei por que a preocupação de muitos humanos é saber se há vida após a morte. A isso não posso responder, pois não morri ainda (!). Aliás, isso aqui é para dizer que eu descobri que há vida, sim, após muitas coisas.

E eu estou viva.

Obrigada! :*

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Quem foi mesmo que disse que a fila do lado sempre anda mais rápido? :)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Agora invadem o peito aquele desejo e aquela dúvida adolescentes. Esse friozinho na barriga, de quem esqueceu a timidez diante do novo, pula pelos poros e dá a tudo isso um sabor especial.

A sensação é ambígua, como eu, mas nada mais adequado que os duplos sentidos para, naquele lugar-tão-comum, "acender um coração".

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Então eu te disse que o que me doíam eram essas esperas, esses chamados que não vinham e, quando vinham, sempre e nunca traziam a palavra e, às vezes, nem a pessoa exata. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse.

Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Agora ele saiu de cena, para outro alguém poder entrar.

A decisão não foi assim tão fácil, mas me deixou mais leve e, provavelmente, mais livre para deixar ocuparem o espaço que começa a ficar disponível mais uma vez.

domingo, 15 de novembro de 2009

Minha querida Maga (vulgo Rebeca) me disse, há pouco, que não iria para esse show nem que lhe pagassem. Paguei somente R$ 5,00 e fui. Ainda bem, porque não tenho tido o direito de negar diversão com os amigos mais queridos (se é que algum dia eu tive).

Mais uma vez, mesmo nas músicas poeticamente menos interessantes, os versos se destacaram e desmitificaram alguns sentimentos pouco agradáveis.

Primeiro, Os Paralamas do Sucesso, com a imagem vitoriosa de Herbert Vianna e todo aquele som que nos faz lembrar bons e velhos tempos.

Depois, aí sim, Skank, para me fazer lembrar que "bem mais que o tempo que nós perdemos, ficou pra trás também o que nos juntou." Só que, agora, não espero mais resposta.

*Show de Os Paralamas do Sucesso e Skank, no Chevrolet Hall, sexta-feira (13/11).

sábado, 14 de novembro de 2009

Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E, sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.

Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Nesse clima recente de Halloween, pensei que as pessoas deveriam ter batido à minha porta perguntando "Dura ou caroável?". Teria sido mais digno do que entrar rasgando tudo, como se aqui dentro fosse terra-de-ninguém.

Depois, ainda deixam os doces espalhados pela casa e pelo caminho, lembrando-me que, de certa forma, eles existem à custa de parte do meu sofrimento.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ali, indelicadeza é 3 por 1.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Você já dormiu tendo uma pessoa com saúde e acordou, na manhã seguinte, com a notícia de que aquela pessoa não mais estava com você? Já teve alguém arrancado de seu convívio de forma repentina, inexplicada, de aparência injusta?

Eu sim.
Ele nunca.

De início, dói.
Depois, pouco depois, a dor física se abre num imenso vazio, como se, ao dormir, tivessem-lhe aberto a caixa do peito e de lá tirassem um pedaço seu. Sobra o nada e o nada não dói. É (só) ausência.

A sensação era essa, até ontem, porque sempre sobra, nos primeiros dias (meses), a esperança de acordar de um sonho ruim. Mas aí vem novamente o egoísmo e destrói as poucas esperanças restantes.

Não houve promessa, desta vez, mas a expectativa foi criada e, claro, frustrada. Esperei por nada, por ninguém. Por não ter querido arriscar que um desencontro fosse por culpa minha, me permiti mais uma espera, mais curta, mas não menos dolorosa.

Só que hoje acordei com sorte, pensei, pois, só de imaginar as tão usuais palavras ao vento e os descompromissos para comigo que ainda viriam...


É isso. Somente agora, um mês, sentimentos brandos. Planos. Alvos. Perspectivas.

Agradeço o descaso, o egoísmo, a imaturidade. Não fossem eles, talvez eu me quisesse prender a você para sempre.

Então adeus, adeus para sempre, roseira!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Hoje foi um dia de matar saudades e de dar cabimento a novas. Muita felicidade embaixo do telhado de vidro.

Daquele lado, a vibração certa dos corações indiscutivelmente orgulhosos.

De outro, saudades do que já morreu e continua a ser morto com requintes de crueldade.
De tanto dizer-lhe em pensamento, ela ficou sem ter o que dizer.

domingo, 8 de novembro de 2009

Eles finalmente se cruzaram.
Ela pensou, por muito tempo, no que lhe diria quando isso acontecesse. Ele, provavelmente, fez o mesmo.

Trocaram olhares e, com esse mesmo olhar, fingiram não se terem visto.

Ele dobrou na primeira esquina, como de costume.
Ela continuou em frente, mas tornou a pensar no que diria quando tudo acontecesse novamente.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Quem tem um amor, ainda mais correspondido, tem sorte.
Já comentei com alguns que, quando tinha 12 anos e me apaixonei por um colega da escola, achei que a correspondência no amor era algo absolutamente difícil, pois "por que, com tantas pessoas no mundo, o alguém de quem gosto irá gostar justamente de mim?". Não entendia o lance da conquista, da sedução diária, do carinho e do respeito que se constroem principalmente nos olhares, nos silêncios.

Posteriormente, tive, sim, amores correspondidos. Alguns me foram oferecidos, mas eu, na minha cabeça de 15 anos, pensei que muitos outros apareceriam e não valia a pena me prender a nenhum.

Hoje, 8 anos depois, percebo o quanto é bom não ter um, mas váááááááários. Vários corações que te respeitam e fazem questão da tua companhia. Corações que, na ausência de um dia, no outro correm ao te ver na escada e te perguntam: "Mas hoje a gente tem aula, né?".

Então, por mais estressante que às vezes seja, não há nada melhor, nesse momento, do que contar com a espontaneidade de verdadeiros meninos, cujas purezas e malícias ingênuas completam o vazio deixado no meu peito. Até porque doer, mesmo, não dói. Mas o nada é sempre mais conflitante e, por isso, de aparência mais dolorosa.




quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Na noite anterior, da varanda, ela se viu surgir no horizonte sobre a Sé. Há tempos não se via daquela forma, mas não pôde deixar de se perguntar: quantos nomes mais ela terá, daqui pra frente?

Mas o importante, naquele momento, é que ela estava cheinha, cheinha. Pedindo, implorando, chamando toda a atenção do mundo para que olhassem para ela.

Se mais alguém notou, não se sabe. No entanto, de pouco adianta, pois ela continuará vagando soberana, no céu, no imaginário e nas lembranças daquele que um dia quis chamá-la assim.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quando as palavras começam a faltar, significa que os sentimentos também. Aliás, abre-se espaço para novos sentimentos.

O que sinto hoje é, talvez, algo antigo. Mas é uma pena não poder verbalizar, porque, nesses casos, um sonho que se sonha em conjunto não é, necessariamente, realidade.

Fico com ele, então, por enquanto, só pra mim.
Mas só por enquanto.

domingo, 1 de novembro de 2009

Vestido: R$ 175,00 com VISA.
Ingresso para Oktoberfest: R$ 25,00 com o dinheiro da mamãe.
Perder 8kg, passar a noite com os amigos e reviver meus 15-17 anos: definitivamente, não tem preço.


No entanto, assistir a Péricles Chamusca escalar e substituir um time com muitas falhas foi estupidamente caro.

Em vez de Arce, manteve Wilson.
Em vez de Fabiano, tirou Luciano Henrique.
Em vez de Fabiano, Hamilton para dar lugar a Ciro.

Apesar do gol, Wilson tem sido um cheira-bola de primeira e Fabiano é sempre uma promessa para bolas alçadas na área. Só promessa.

Mas é isto: enquanto as barbies se animam com uma vitória sobre o arquirrival, fico com a certeza de que seremos como bichos-papões, vindo puxar o pé delas a cada uma dessas últimas rodadas.
 

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