sábado, 31 de julho de 2010

Quando comprei minha passagem para Recife, a ideia era ficar o menor tempo possível, apenas o suficiente para rever família e amigos. Como falei, estar de volta a casa era, no mínimo, confuso, porque o todo tão novo daqui de Belo Horizonte não me permite pensar muito no que vinha tentando deixar pra trás. Mas aí eu vi que Recife ainda tem muuuita coisa nova para mim. Muita mesmo! E acho uma pena ter voltado tão logo a BH, porque queria ter aproveitado mais e melhor as pessoas.

E talvez seja cedo para dizer, mas acho que este blog segue, mas feliz e definitivamente sem o motivo que o criou.
Sarei.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Roupa suja é lavada na web
Publicado em 25.07.2010

Se, no início, a internet funcionava como cupido, agora, a rede virou ringue de disputa e exposição de relacionamentos








Olívia Mindêlo
Especial para o JC

Quando a internet começou a se popularizar, era mais comum ouvir histórias de namoro virtual do que de briga de casal indo parar na rede. Hoje, a impressão é de que a web serve mais a rompimentos do que a encontros. Ajuda a expor e desencadear crises na vida a dois do mesmo jeito que faz alguém se apaixonar pelo desconhecido da tela. A exposição de fraturas emocionais de relacionamentos, por exemplo, é cada vez mais frequente, sobretudo nas redes sociais (Orkut, Facebook, Twitter etc.). Da desconfiança à difamação, do ciúme à vingança, tudo cabe na net. Os personagens (geralmente) são reais e os internautas costumam dar corda a novelas do tipo.

Um desses capítulos folhetinescos da web foi assistido no Brasil inteiro este mês. A advogada Vívian de Oliveira, de Sorocaba (SP), 34 anos, virou protagonista de um caso de exposição de intimidade na internet. Detalhe: provocado por ela mesma. Ao descobrir que a sua comadre saía com o marido dela havia cinco anos, Vívian chamou a amiga para tirar satisfações em sua casa, enquanto uma câmera escondida filmou tudo. Durante cerca de uma hora, mostrou o atestado da traição: um calhamaço de e-mails impressos, trocados entre os amantes. A lavagem de roupa podia ter ficado entre quatro paredes, mas Vívian preferiu usar a rede para jorrar o sangue quente. Uma versão de dez minutos do reality show, em que ela terminava agredindo a amante do marido, foi parar na página do Orkut da advogada. O vídeo não ficou muito tempo por lá, mas o suficiente para se espalhar pelo mundo.

O assunto logo, logo foi a júri popular online. Em mídias como o Twitter, as opiniões se dividiram, mas foi frequente um coro em favor da atitude da advogada – algumas vozes apoiando o fato de ela ter batido na amante do marido. No mural de debate postado pelo JC Online na semana passada a respeito do triângulo amoroso de Sorocaba a internauta Tâmara Michelly de Almeida disse: “Faria a mesma coisa com a amante e com o marido (que de início foi deixado). Os dois são cínicos e covardes”. Adriano Philippini concordou: “Não se trata apenas de uma traição física, mas também é uma traição de confiança (do marido e da amiga) e de convivência entre os filhos do casal”. Já Ana Lúcia Félix não faria tanto: “Deixaria os dois: marido e amiga, pois ambos não mereciam minha amizade, e partiria pra outra. Na vida o que importa é ser feliz”.

Já o resultado da enquete “Qual sua opinião sobre exposição de crise de relacionamento na internet?’, também postada no JC Online, deu maioria contra (132 votos), enquanto 21 participantes se mostraram favoráveis e 18, sem opinião a respeito. A questão é que nem sempre a violação da intimidade a dois depende do casal, como foi o caso da advogada de Sorocaba. Às vezes, terceiros entram em cena para tentar atrapalhar um namoro ou um casamento – e há quem consiga. No Brasil, o Orkut parece ser campeão de situações assim.

A relações públicas e estudante de direito Renata Bivar, 29, revelou ter tido dois relacionamentos prejudicados pela exposição no Orkut. Em um deles, ela e o ex-noivo foram vítimas do ciberbullying, prática de quem se vale de meios eletrônicos para hostilizar e difamar alguém. Nesse caso, um usuário criou uma identidade falsa na rede social para ridicularizar o namoro.

“A pessoa, que a gente não sabe até hoje se era homem ou mulher, ia na minha página e na dele e deixava recado, ridicularizava, trocava o perfil e botava foto da gente. Foi muito chato e isso gerou atritos no namoro, lembrou Renata. “De dois em dois dias, essa pessoa atualizava com alguma coisa. Fazia até um bolão, apostando quanto tempo nossa relação duraria. Ficamos um ano e meio juntos e, durante um ano, foi essa história”, contou a estudante, que acredita ter sido vítima de alguém conhecido, porque o usuário colocava fotos de ex-namorada dele e sabia quem os dois eram.

“Foi bem difícil na época, era início de namoro e isso mexeu com o relacionamento. Foi uma situação além do Orkut, porque acabou envolvendo telefonemas de número confidencial”, confirmou o ex-namorado de Renata, que preferiu não se identificar. Ele acredita que o caso, apesar de ter gerado um mal-estar no relacionamento, não foi responsável pelo rompimento dos dois.

Para Renata, o fato contribuiu para o declínio da relação. Mesmo assim, ela não quis sair do Orkut, ao contrário dele, que, uma vez professor, preferiu fechar a página por ter se sentido exposto demais. “Não saí do Orkut, porque é minha vida. Um veículo que tinha contato de muito tempo com meus amigos do Salesiano. Se eu saísse, iria inflamar mais ainda, e eles arranjariam outro jeito de perturbar”, justificou Renata.

A gerente de importação Mariana Moura, 31, afirmou já ter tido muita dor de cabeça com relacionamento por causa de internet. “Tive altas histórias com o Orkut, com foto, depoimento, muito problema.” Em um dos casos, Mariana chegou a bloquear e denunciar no site a atual mulher de um ex-noivo por postar injúrias e calúnias em sua página. “Nunca respondi, detesto baixarias. O Orkut ajuda, mas tem seus inconvenientes. Para quem não sabe usar, é um inferno. Digo por experiência própria”, disse a gerente.

Com a mestranda em linguística Ana Luísa Freitas, 24, a história foi diferente. Sem citar o nome do seu ex-noivo, foi dela a iniciativa de expor o fim de seu relacionamento na internet. Nada de Orkut ou Facebook. Preferiu criar um blog (http://oquetenhodemaismeu.blogspot.com/). O propósito não foi se vingar ou destilar ciúmes, mas relatar com originalidade uma dor que não cabia em choro de quarto ou palavra dita. A história é triste: depois de pedi-la em casamento, o ex-noivo desistiu dela, de uma hora para outra, sem conversa nem maiores explicações. “Resolvi escrever para botar pra fora. A gente tinha uma relação estável, estava junto há cinco anos e quatro meses. Foi um choque para muita gente e então, como a família perguntava o tempo inteiro, resolvi publicar tudo em um blog”, contou Luísa.


Uma prova de que a intimidade na rede não precisa ser sinônimo de baixaria nem exposição desgastante. É como o psicoterapeuta de família Roberto Faustino de Paula costuma dizer: “Tudo depende do uso que se faz da internet.”


Disponível, para assinantes, em: http://jc3.uol.com.br/jornal/2010/07/25/not_386113.php

Destacando.

Zoom.

domingo, 25 de julho de 2010

Pois é.
Este blog foi citado pela jornalista Olívia Mindêlo, na Revista JC de hoje.

Se este é o seu primeiro acesso, seja bem-vindo e, querendo conhecer a minha dor, inicie a leitura dos meus desabafos em ordem cronológica, a partir de 15 de outubro de 2009, para que eles façam sentido.

Não espere, aqui, relatos com nomes. A ideia era, como disse Olívia, exprimir uma dor que não cabia mais em choro de quarto.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Domingo, este blog será mencionado no JC.
A repórter me entrevistou por telefone e me fez algumas perguntas (claro!!). Umas um tanto difíceis de serem respondidas, mas uma me chamou a atenção:

- Quando você matar a sua dor, você matará o blog?

Se eu o tivesse matado, estaria mentindo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Estar de volta a Recife, mesmo que de passagem, é, pelo menos, muito confuso. A vantagem é ver minha irmã feliz, formada, nutricionista. :)
 

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