quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Tudo estava igual, mas agora o ar se cortava com faca. Ele sabia o mal que fizera a ela, mas não imaginava que o tempo, embora um só, fazia-se lento para aqueles cujo mais grave e único delito fora amar demais.

Quis manifestar-se, mas a vergonha de sua mesquinhez o manteve silente a observar o tempo que esquecera de passar por ali. Pensou em dizer a ela toda a verdade, a confusão que lhe tomou o peito e fê-lo agir sem respeito com alguém a quem um dia dirigiu palavras de amor questionavelmente verdadeiro. Fraco, não pôde; não quis; não soube.

Mas agora ela estava ali, olhando para ele, esperando qualquer palavra que nem ela, nem ele sabiam.

1 comentários:

Bruno Costa disse...

O pior dessa tensão toda é que tudo pode acabar em beijos, após os tapas! Talvez eu esteja sendo bastante Global, mas de repente...

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