Ela acordou temerosa. Queria a liberdade da juventude. Mas, aos 12 anos, não sabia que os 24 chegariam tão logo ela piscasse os olhos.
E a juventude chegou.
Por vezes, quis botões de rewind e forward. Se os tivesse, tê-los-ia usado certamente, mas perderia toda surpresa, todo encanto e toda dor do que se configura tão poético e dela.
Hoje, relembrou o que pensara com metade de sua idade e percebeu que tudo e nada mudou: sobreviveu e está viva, vivíssima, para continuar a morrer de novos amores.